Existem questionamentos que colocam muitas dúvidas na cabeça do paciente quando o assunto trata de: implante dentário ou implante dental, quanto custa o implante dentário, como funciona um implante de dente e até se existe implante de dente gratuito, e que normalmente surgem a partir da necessidade e do medo da cirurgia ou mesmo da desinformação.
Então, vem aqui ler esse post que esclarecemos tudo sobre Implante Dentário para você.
Vamos do início, o que é e quem pode fazer, mitos e verdades sobre implante, como escolher entre implante dentário e prótese e qual a diferença.
A PERDA DE UM DENTE E O EFEITO DOMINÓ
Perder um dente ou ter que extrair um que não apresente mais condições de recuperação, além de causar constrangimentos ao sorrir ou falar, também desencadeia sérios problemas funcionais na mastigação e no desalinhamento dos demais dentes, podendo mesmo vir a causar distúrbios digestivos com o passar do tempo por não ser possível a correta mastigação.
Quando perdemos um dente temos como consequências a inclinação e o aumento do tamanho dos dentes vizinhos, ou seja, o dente literalmente escorrega da gengiva, aos poucos, expondo as raízes. O paciente também tem aumento da sensibilidade, principalmente para alimentos e bebidas quentes e frias, apresenta alterações na fonação (dificuldade na fala), distúrbio e desequilíbrio da mandíbula, desgaste e perda dos outros dentes, acúmulo de tártaro e cáries extensas, além de conseqüências emocionais como, depressão, baixa auto-estima e ansiedade. Como podemos ver, perder um dente pode causar muitos prejuízos.
Porém, vale destacar que hoje em dia existem métodos de substituir os dentes perdidos de forma indolor e rápida. e não precisa ter medo nem do preço!
COMO PERDEMOS UM DENTE
Existem diversas situações que resultam na perda dentária, dentre elas: acidentes, quedas, traumas e até extração, devido à cárie ou doença periodontal (doença infecto inflamatória que afeta a gengiva, o ligamento e o osso).
Alguns fatores também contribuem para um sorriso incompleto:
- Bruxismo – Hábito diurno ou noturno de ranger os dentes. O bruxismo pode acarretar o desgaste dentário severo causando diminuição do tamanho dos dentes, aumento da sensibilidade e até fraturas dentárias.
- Mau posicionamento dos dentes – Dentes mal posicionados dificultam a higienização, o que futuramente pode levar à extração. Além disso, o dente fica fora do suporte ósseo, sobrecarregando o restante da arcada e comprometendo sua longevidade.
- Medicamentos e terapias – Pessoas que se submeteram a quimioterapias, radioterapias e ingestão de medicamentos imunossupressores podem sofrer com a perda de dentes.
- Agenesia – A ausência congênita de um ou mais dentes. O que acontece é que falta um dente sucessor para substituir o dente de leite. Nesses casos, o dentista pode optar por extrair o dente de leite para colocação de uma prótese dentária ou implante.
- Gengivite e periodontite – Essas doenças são originadas pela falta de higienização correta (escovação, uso do fio dental e limpeza realizada pelo dentista) causando uma infecção que compromete a estrutura óssea. Os estágios mais avançados da gengivite e periodontite podem levar a danos irreparáveis, como a extração.
O QUE É E O QUE FAZ UM IMPLANTE?
O implante dentário nada mais é do que uma forma de repor um dente perdido. É feito a partir de um pino de titânio (metal leve e resistente isento de rejeição por parte do organismo) semelhante a um parafuso, que é colocado dentro do osso, na gengiva, e que simula a raiz de um novo dente.
Ele funciona como sustentação para o dente substituto (coroa) com maior estabilidade e conforto na mastigação e segurança na fala. São mais duráveis e de mais fácil adaptação do que as dentaduras ou pontes removíveis, não sendo necessário o desgaste dos dentes laterais como no caso de uma prótese fixa.
Falando em PRÓTESE, há três tipos de tratamento para quem perdeu um dente:
- IMPLANTE DENTÁRIO – que é a opção mais satisfatória;
- PRÓTESES DENTÁRIAS REMOVÍVEIS – uma alternativa na reposição quando se perde um dente. Chamadas também de dentadura ou roach, que são estruturas artificiais feitas em acrílico;
- PRÓTESES FIXAS – que cumprem a função de substituir um ou mais dentes e são fixas na boca podendo ser sobre dentes ou sobre implantes. No caso de prótese sobre dentes, é necessário um desgaste dental para que a prótese se encaixe de maneira estética. Há casos que necessitam de tratamento de canal em busca dos benefícios para a longevidade da prótese.
QUANDO O IMPLANTE DENTÁRIO ESTÁ CONTRAINDICADO?
É importante saber que nem todos os casos têm o implante recomendado.
Em primeiro lugar é preciso estar com boa saúde geral. As pessoas com histórico de pressão alta, diabetes e doenças crônicas, mas que fazem acompanhamento médico e tomam seus remédios em dia, podem fazer o implante sem problemas, desde que o implantodontista, especialista de implante, seja comunicado antes do tratamento. Em situações mais específicas o próprio especialista entra em contato com o médico do paciente para uma avaliação conjunta e a melhor forma de realizar o procedimento.
A contra-indicação mesmo fica restrita a dois casos:
A) Crianças e adolescentes que não tenham o ciclo de formação óssea finalizado.
Por quê?
Porque, uma vez concluída a osseointegração o implante não muda mais de lugar e sendo assim, não acompanha o crescimento da face e dos demais dentes que se moverão para a frente com o desenvolvimento normal.
B) Pacientes que fazem uso de medicamentos da classe dos “bifosfonatos”.
Por quê?
Porque esses medicamentos atuam na densidade mineral óssea, inibindo a sua remodelação. São usados em doenças como: doença de Paget, neoplasias malignas, e alguns casos de osteoporose.
PRECISA REALIZAR ALGUM EXAME PARA FAZER UM IMPLANTE DENTÁRIO?
Sim! Como rotina o especialista solicita além de exames laboratoriais para saber a situação da saúde do paciente como, taxa de glicose ou alguma infecção em andamento, uma radiografia panorâmica – para avaliação da situação do osso, que está abaixo da gengiva, seja em relação à sua espessura como sua altura; pode solicitar também uma tomografia computadorizada para avaliar além da altura, a largura do osso e as condições gengivais.
Por quê?
Porque, com esses cuidados não haverá surpresas no momento da cirurgia, como por exemplo, o osso não ter a largura suficiente para colocação do implante, o que causaria uma fratura no osso e a necessidade de refazer a cirurgia em outra ocasião.
Assim, com uma avaliação completa da largura e altura e espessura do osso é possível planejar, antes da cirurgia, caso necessário, o aumento da largura do osso e mesmo se será preciso um enxerto ósseo para sustentação e perfeita osseointegração do implante.
Ou seja, especialista e paciente trocam informações sobre as etapas do tratamento, e realização da cirurgia com base em dados concretos e seguros para ambos.
E SE FALTAR OSSO PARA O IMPLANTE DENTÁRIO?
Uma pergunta bem comum! A perda óssea pode ocorrer quando perdemos um dente e não colocamos outro no lugar, desse modo o osso vai “sumindo” ao longo dos meses, por um processo chamado reabsorção óssea. Nesse caso o implantodontista terá que fazer um enxerto ósseo, antes do implante. Mas não é nenhum bicho de sete cabeças!
O enxerto pode ser realizado antes ou durante a colocação dos implantes dentários. O ideal, havendo condições, é realizar o enxerto junto com a colocação dos implantes, assim o tempo de tratamento para a reabilitação é reduzido.
A cirurgia de enxerto ósseo consegue ampliar a altura e a espessura do osso para que os parafusos sejam instalados com segurança. O mais indicado é o enxerto Autógeno (tecido ósseo retirado do próprio paciente). Algumas regiões da mandíbula podem fornecer tecido ósseo para pequenas reconstruções. A mais utilizada é a região posterior ao siso, chamada de ramo da mandíbula. Essa região possui quantidade óssea suficiente para a maioria dos casos.
COMO É FEITA A CIRURGIA DO IMPLANTE DENTÁRIO?
Existem dois caminhos:
Cirurgia de Implante dentário Tradicional – Onde o procedimento é feito no próprio consultório com anestesia local. Paciente anestesiado, o implantodontista faz uma incisão com bisturi para ter visão da área óssea onde irá colocar o implante. Com uma pequena broca, própria para este tipo de procedimento, abre espaço para colocação do pino. Pino colocado, ele faz as suturas dos bordos da gengiva para fechamento e cicatrização. Em média, uma cirurgia de implante leva até duas horas. Na cirurgia tradicional o tempo para a osseointegração e colocação dos dentes definitivos está estimado de 3 a 4 meses para a região superior e de 2 meses para a região inferior.
Carga Imediata – Nessa opção, feita a cirurgia de implante o paciente retorna no mesmo dia, mais tarde, para a colocação dos dentes provisórios e pode voltar para casa apenas tomando cuidado para não forçar e impactar o implante recém colocado com uma mordida mais forte. No entanto, para esse tipo de cirurgia é necessário apresentar osso em boa quantidade de altura e largura e qualidade. O que normalmente é avaliado de antemão através da Tomografia.
E A CIRURGIA DÓI?
É, quem tem problemas com dor sempre se preocupa. O fato é, o que poderia doer seria a gengiva, mas, além da anestesia local, o implantodontista costuma indicar um antiinflamatório duas horas antes da cirurgia, e, quando o paciente volta para casa, ele indica, analgésicos, um anti-inflamatório e antibiótico. Esses cuidados evitam que o paciente sofra com dor depois que passa o efeito da anestesia ou que venha a ter outro desconforto.
PODE ACONTECER REJEIÇÃO AO IMPLANTE DENTÁRIO?
Outra dúvida muito comum e importante! Mas vamos ficar tranqüilos. Não existe essa possibilidade. O titânio é um material que tem a propriedade de ser organicamente compatível, não oferecendo risco nenhum de rejeição. Explicando de maneira mais simples, como o organismo não “percebe” que o pino de titânio foi colocado ele tenta fechar o furo feito pela broca para a colocação do implante. Quando o osso preenche esse orifício, ele trava o implante e isso é o que chamamos de osseointegração.
Um problema que pode vir a acontecer, ainda na fase inicial, é a não osseointegração. Nesse caso, o implante é retirado e colocado um novo.
Após a integração do implante e colocação dos dentes definitivos, o que pode eventualmente ocorrer são problemas periodontais, problemas na prótese ou nas peças que unem o implante ao dente. No entanto, frisamos mais uma vez, higienização bem feita e a manutenção com o dentista com regularidade, minimizam o surgimento desses problemas.
O QUE FAZER ANTES E DEPOIS DA CIRURGIA…
Primeiro de tudo, converse com seu dentista e pergunte sobre todas as dúvidas que tiver principalmente se tiver receio da cirurgia. Algumas horas antes do procedimento aproveite para se alimentar normalmente, pois, estar em jejum não é indicado.
Depois de colocar o implante dentário a alimentação deve ser líquida e gelada nas primeiras 12 horas, e recomenda-se fazer uso de compressas de gelo no local para diminuir o inchaço. Depois, a alimentação pode ser mais pastosa, mas ainda nada quente. Passadas 24 horas, se alimentar normal dentro das possibilidades de cada paciente.
Para dormir a cabeça deve ficar mais elevada que o corpo e mesmo que sinta vontade, evitar cuspir, assoar o nariz e fazer bochechos, pois, pode vir a provocar sangramento e dificultar a formação de coágulo, necessário para uma boa cicatrização.
Caso não trabalhe com esforço físico, debaixo do sol ao ar livre ou falando muito, no dia seguinte após o implante dentário já pode retomar as atividades normais do dia a dia, em casa ou no trabalho.
Outro ponto muito importante é que, quem coloca implantes dentários deve manter a rotina de higienização bucal e manutenção regular junto no dentista. O alerta maior fica para os pacientes com histórico de doenças periodontais porque o implante pode vir a sofrer o mesmo problema, levando, consequentemente à perda óssea.
UM IMPLANTE DENTÁRIO CUSTA CARO?
Em relação ao valor, irá depender, por exemplo, do implante utilizado, dos materiais empregados, da prótese final, da técnica empregada e, naturalmente, do profissional envolvido.
Se a dúvida reside em relação à qualidade do implante, todos são de titânio e tanto o importado quanto o nacional têm boas marcas (todas as empresas são avaliadas e recebem uma licença para comercialização) e sempre haverá uma que atende as especificações do especialista para o caso, e uma condição que atenda o “bolso” do paciente.
Cada paciente possui necessidades diferentes para realizar o tratamento de implantes dentários e isso influencia no procedimento que pode variar de R$1.500,00 a R$3.000,00 por elemento. Determinar o preço definitivo deste tratamento requer uma avaliação clínica digital, amparada por radiografia e tomografia, a fim de entender as melhores condições de saúde do paciente e elaborar um planejamento que envolva todos os procedimentos necessários com o tratamento completo e seguro.
O principal de um implante dentário bem sucedido, no entanto, é ter ao seu alcance todas as informações necessárias para sanar suas dúvidas e estar cercado de profissionais especializados, humanizados, em consultórios com equipamentos de ponta e procedimentos rígidos de proteção e segurança.